Foto acima foi obtida no Pinterest.
O cobogó foi criado por três engenheiros, no Nordeste, na década de 20. E a palavra “cobogó” veio da junção de sílabas dos nomes deles – o português Amadeu Oliveira Coimbra, o alemão Ernest August Boeckmann e o brasileiro Antônio de Góes.
As inspirações vieram dos elementos árabes (chamados de “muxarabis”), que são aquelas treliças de madeiras utilizadas em fachadas.
Fonte: Pinterest.
Sempre foi um elemento utilizado mais em fachadas. Ele cria uma proteção do sol, mas deixando a luz natural e a ventilação passarem. Ou seja, não deixa totalmente fechado, e nem totalmente exposto.
Parque Eduardo Guinle, por Lúcio Costa – Rio de Janeiro, 1954.
Com o tempo, houve uma releitura dessas peças, tanto nas cores, acabamentos e formatos. Antigamente, o cobogó era feito apenas de argila e cimento. Hoje já são encontrados modelos feitos de cerâmica, com acabamento esmaltado e pintados de diversas cores.
Exemplo com cobogó de argila. Fonte: Pinterest.
Exemplo com cobogó de cerâmica. Fonte: Pinterest.
A releitura foi feita também em relação à função do cobogó, ou seja, em relação ao seu uso. Os cobogós de argila ainda são os mais recomendados para utilizar em fachadas, porém os cobogós cerâmicos já são utilizados dentro dos ambientes – como divisórias internas, por exemplo.
Servem como uma divisória entre a sala de estar e a sala de jantar. Ou como uma divisória para integrar parcialmente a sala com a cozinha. Ou ainda, uma pequena divisão entre a cozinha e a área de serviço.
Exemplo de divisória entre sala e cozinha. Fonte: Pinterest.
Exemplo de divisória entre cozinha e área de serviço. Fonte: Pinterest.
Exemplo de divisória, na sala, separando do corredor que vai para os quartos. Fonte: Pinterest.
Outra maneira de você utilizar o cobogó, é embaixo do seu balcão, por exemplo. Isso permite ter maior visibilidade entre os espaços, e fica uma graça!
Atenção: cuidado apenas com a estrutura da sua bancada, afinal cobogó não é uma peça para receber muito peso em cima!
Fonte: Pinterest.
Quanto aos custos, os elementos feitos de argila, de barro, são os mais baratos. Se você der uma boa garimpada, consegue encontrar por R$5,00 a peça (sim, é vendido por peça!). Já os cobogós cerâmicos, esmaltados, são os mais caros – podem chegar a R$80,00 a peça. Mas os preços variam de acordo com a sua localização, os tamanhos, formatos, materiais, etc.
Projeto da arquiteta Adriana Fontana.
Algumas observações são importantes de ressaltar:
Eu, particularmente, acho que o cobogó deixa o ambiente uma gracinha! E vocês, o que acham?
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